SEGUNDA-FEIRA, 8 DE OUTUBRO DE 2012
Cientistas britânicos estão coordenando o ensaio clínico mundial de um medicamento projetado para ajudar na recuperação de pacientes com grave perda de sangue.
O composto, chamado MP4OX, é feito de reservas de sangue que expiraram e foi projetado para replicar a função dos glóbulos vermelhos no transporte de oxigênio no corpo.
O medicamento está sendo testado em 56 clínicas em todo o mundo, em um estudo coordenado por especialistas do Royal London Hospital, na capital britânica.
O MP4OX foi desenvolvido pela empresa farmacêutica americana Sangart, que é financiada pelos testes, e é um produto à base de hemoglobina processada com reservas de transfusão expiradas.
As moléculas de hemoglobina são as proteínas dos glóbulos vermelhos que transportam oxigênio para os tecidos.
Em pacientes traumatizados que sofreram sangramento grave, essas moléculas são escassas.
Segundo Stangart, o MP4OX pode fornecer oxigênio ao corpo e, assim, reduzir o risco de falência de órgãos.
Os pesquisadores afirmam que o produto não tem risco de infecção e pode ser fornecido com segurança a todos os pacientes.
O professor Karim Brohi, que dirige o julgamento, explica à BBC que "estamos testando a droga em pessoas que foram gravemente feridas em acidentes de carro, caíram pela janela, esfaqueadas etc."
"O que esse composto faz é aumentar a capacidade dos glóbulos vermelhos para que eles possam realizar melhor seu trabalho"
Karim Brohi
"Basicamente, é um medicamento que transporta oxigênio e o leva para células que foram privadas dele porque não há sangue suficiente circulando no corpo".
O medicamento já foi testado em um estudo piloto com 50 pacientes cujos resultados mostraram que é seguro.
Esse estudo foi estendido e incluirá 360 pacientes para verificar sua segurança e eficácia.
"No teste inicial, ele mostrou que os pacientes estavam saindo do hospital muito mais rápido do que aqueles que não haviam recebido o medicamento", diz o professor Brohi.
"Foi um pequeno teste com muita margem de erro, mas mostrou que muito mais pacientes conseguiram sobreviver e deixar o hospital em 28 dias do que aqueles que não o receberam".
Salienta, porém, que somente até o final da segunda fase do teste eles poderão saber se o produto é realmente promissor.
O estudo faz parte de vários projetos que são realizados em todo o mundo nos quais ele tenta replicar algumas das funções do sangue.
Por exemplo, produtos sanguíneos artificiais, tratamentos de hemoglobina baseados em bactérias e células-tronco estão sendo criados.
O professor Brohi enfatiza que o novo MP4OX não deve ser considerado "sangue artificial".
"Não é um substituto para o sangue, porque damos ao paciente menos quantidade do que pode caber em uma lata de refrigerante, mesmo que esses indivíduos tenham perdido até cinco litros de sangue".
"Portanto, não substitui os produtos que dão glóbulos vermelhos ao paciente".
"O que esse composto faz é aumentar a capacidade dos glóbulos vermelhos para que eles possam realizar melhor seu trabalho", acrescenta o cientista.
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Glossário Psicologia Saúde
Cientistas britânicos estão coordenando o ensaio clínico mundial de um medicamento projetado para ajudar na recuperação de pacientes com grave perda de sangue.
O composto, chamado MP4OX, é feito de reservas de sangue que expiraram e foi projetado para replicar a função dos glóbulos vermelhos no transporte de oxigênio no corpo.
O medicamento está sendo testado em 56 clínicas em todo o mundo, em um estudo coordenado por especialistas do Royal London Hospital, na capital britânica.
O MP4OX foi desenvolvido pela empresa farmacêutica americana Sangart, que é financiada pelos testes, e é um produto à base de hemoglobina processada com reservas de transfusão expiradas.
As moléculas de hemoglobina são as proteínas dos glóbulos vermelhos que transportam oxigênio para os tecidos.
Em pacientes traumatizados que sofreram sangramento grave, essas moléculas são escassas.
Transporte de oxigênio
Segundo Stangart, o MP4OX pode fornecer oxigênio ao corpo e, assim, reduzir o risco de falência de órgãos.
Os pesquisadores afirmam que o produto não tem risco de infecção e pode ser fornecido com segurança a todos os pacientes.
O professor Karim Brohi, que dirige o julgamento, explica à BBC que "estamos testando a droga em pessoas que foram gravemente feridas em acidentes de carro, caíram pela janela, esfaqueadas etc."
"O que esse composto faz é aumentar a capacidade dos glóbulos vermelhos para que eles possam realizar melhor seu trabalho"
Karim Brohi
"Basicamente, é um medicamento que transporta oxigênio e o leva para células que foram privadas dele porque não há sangue suficiente circulando no corpo".
O medicamento já foi testado em um estudo piloto com 50 pacientes cujos resultados mostraram que é seguro.
Esse estudo foi estendido e incluirá 360 pacientes para verificar sua segurança e eficácia.
"No teste inicial, ele mostrou que os pacientes estavam saindo do hospital muito mais rápido do que aqueles que não haviam recebido o medicamento", diz o professor Brohi.
"Foi um pequeno teste com muita margem de erro, mas mostrou que muito mais pacientes conseguiram sobreviver e deixar o hospital em 28 dias do que aqueles que não o receberam".
Salienta, porém, que somente até o final da segunda fase do teste eles poderão saber se o produto é realmente promissor.
Copie, mas não substitua
O estudo faz parte de vários projetos que são realizados em todo o mundo nos quais ele tenta replicar algumas das funções do sangue.
Por exemplo, produtos sanguíneos artificiais, tratamentos de hemoglobina baseados em bactérias e células-tronco estão sendo criados.
O professor Brohi enfatiza que o novo MP4OX não deve ser considerado "sangue artificial".
"Não é um substituto para o sangue, porque damos ao paciente menos quantidade do que pode caber em uma lata de refrigerante, mesmo que esses indivíduos tenham perdido até cinco litros de sangue".
"Portanto, não substitui os produtos que dão glóbulos vermelhos ao paciente".
"O que esse composto faz é aumentar a capacidade dos glóbulos vermelhos para que eles possam realizar melhor seu trabalho", acrescenta o cientista.
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