Segunda-feira, 10 de agosto de 2015.- Um estudo em mulheres cujos maridos sofreram um ataque cardíaco (em 26% dos casos resultando em morte) mostra que, um ano após o episódio, eles têm três vezes mais chances de tomar antidepressivos.
Pesquisadores do Centro Médico da Universidade Duke, nos Estados Unidos, dizem que quando um homem sofre um infarto do miocárdio, seus parentes não devem ser deixados para trás, depois de terem detectado um aumento na depressão e ansiedade em mulheres de vítimas, mesmo quando sobrevivem.
Especificamente, e de acordo com o European Heart Journal, um ano após a perda do marido por um ataque cardíaco, as viúvas foram três vezes mais expostas a medicamentos com antidepressivos do que antes da perda. Mas mesmo que o casal tenha sobrevivido, o risco de usar esses medicamentos aumentou 17% em relação ao ano anterior.
"É um problema de saúde realmente significativo sobre o qual parece haver muito pouca conscientização, tanto entre a profissão médica quanto entre os gerentes de saúde", disse Emil Fosbol, autor da pesquisa, à BBC.
Usando registros da Dinamarca, que incluíam informações do Registro Nacional de Estado Civil, que mostra quem é casado e quem não é, os pesquisadores estudaram os casos de 16.506 parceiros masculinos que morreram de parada cardíaca entre 1997 e 2008 e outras 44.566 mulheres de pacientes que sobreviveram a um ataque cardíaco.
Eles também investigaram o uso de antidepressivos e ansiolíticos antes do incidente e até um ano após o incidente e analisaram os registros de depressão e suicídio.
Assim, eles descobriram que, se o casal sofre um ataque cardíaco, a saúde da esposa é mais afetada do que a das mulheres cujos maridos morreram ou sobreviveram a outras doenças.
Os pesquisadores especulam que, por trás dessas diferenças, é repentino e impossível prever a natureza de um ataque cardíaco, o que causa um impacto maior nas pessoas ao redor da vítima.
"Se o seu parceiro morre repentinamente de um ataque cardíaco, você não tem tempo para se preparar psicologicamente para essa morte, enquanto se alguém estiver doente, por exemplo, com câncer, haverá um tempo para entender", argumenta Fosbol.
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Notícia Diferente Sexualidade
Pesquisadores do Centro Médico da Universidade Duke, nos Estados Unidos, dizem que quando um homem sofre um infarto do miocárdio, seus parentes não devem ser deixados para trás, depois de terem detectado um aumento na depressão e ansiedade em mulheres de vítimas, mesmo quando sobrevivem.
Especificamente, e de acordo com o European Heart Journal, um ano após a perda do marido por um ataque cardíaco, as viúvas foram três vezes mais expostas a medicamentos com antidepressivos do que antes da perda. Mas mesmo que o casal tenha sobrevivido, o risco de usar esses medicamentos aumentou 17% em relação ao ano anterior.
"É um problema de saúde realmente significativo sobre o qual parece haver muito pouca conscientização, tanto entre a profissão médica quanto entre os gerentes de saúde", disse Emil Fosbol, autor da pesquisa, à BBC.
Usando registros da Dinamarca, que incluíam informações do Registro Nacional de Estado Civil, que mostra quem é casado e quem não é, os pesquisadores estudaram os casos de 16.506 parceiros masculinos que morreram de parada cardíaca entre 1997 e 2008 e outras 44.566 mulheres de pacientes que sobreviveram a um ataque cardíaco.
Eles também investigaram o uso de antidepressivos e ansiolíticos antes do incidente e até um ano após o incidente e analisaram os registros de depressão e suicídio.
Preparação psicológica
Os cientistas também compararam essas informações com os dados de saúde de 49.518 pessoas cujos parceiros haviam morrido por causas não cardiovasculares e 131.563 mulheres internadas em hospitais devido a eventos não fatais não relacionados a ataques cardíacos.Assim, eles descobriram que, se o casal sofre um ataque cardíaco, a saúde da esposa é mais afetada do que a das mulheres cujos maridos morreram ou sobreviveram a outras doenças.
Os pesquisadores especulam que, por trás dessas diferenças, é repentino e impossível prever a natureza de um ataque cardíaco, o que causa um impacto maior nas pessoas ao redor da vítima.
"Se o seu parceiro morre repentinamente de um ataque cardíaco, você não tem tempo para se preparar psicologicamente para essa morte, enquanto se alguém estiver doente, por exemplo, com câncer, haverá um tempo para entender", argumenta Fosbol.
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