Quinta-feira, 24 de outubro de 2013. - Cientistas do Instituto Whitehead de Pesquisa Biomédica, em Cambridge, Massachusetts, Estados Unidos, descobriram que o vírus influenza é capaz de infectar seu hospedeiro matando as primeiras células do sistema imunológico que são realmente o melhor equipado para neutralizar o vírus, de acordo com sua pesquisa, publicada na revista "Nature".
Contra um vírus prejudicial, o sistema imunológico trabalha para gerar células capazes de produzir anticorpos que se adaptam perfeitamente para ligar e desarmar o invasor hostil. Essas células B específicas proliferam, secretando os anticorpos que lentamente e eventualmente eliminam o vírus, e uma população dessas células retém as informações necessárias para neutralizar o vírus, instalando-se no pulmão para interromper a infecção secundária pela reexposição ao vírus por inalação. .
Na superfície dessas células chamadas memória B estão receptores de alta afinidade específicos para vírus que se ligam a partículas virais para reduzir a propagação viral. Embora essas células devam servir como a primeira linha de defesa do corpo, verifica-se que o vírus influenza explora a especificidade dos receptores celulares, usando-os para poder entrar, interromper a produção de anticorpos e, finalmente, destruir as células.
Dessa maneira, enviando seus inimigos, o vírus é capaz de se replicar com eficiência, de modo que o sistema imunológico precise montar uma segunda onda de defesa. "Agora podemos adicionar uma nova maneira à crescente lista de maneiras que o vírus da gripe tem para estabelecer a infecção", disse um dos pesquisadores do estudo, Joseph Ashour, cientista de pós-doutorado no laboratório de Whitehead.
"Dessa maneira, o vírus ganha uma posição e atinge as células da memória no pulmão, o que lhe permite estabelecer a infecção, mesmo que o sistema imunológico tenha visto essa gripe antes", acrescenta Stephanie Dougan, também autora. do estudo.
A descoberta dessa dinâmica de vírus não foi uma tarefa fácil, em parte porque as células B são encontradas em quantidades extremamente pequenas e são muito difíceis de isolar. Para fazer isso, os cientistas usaram uma tecnologia de rotulagem de proteínas que liga um marcador fluorescente ao vírus da gripe, para que as células B específicas da gripe possam ser identificadas por sua interação com as micelas da gripe fluorescente.
Provavelmente, o processo infeccioso descoberto não é exclusivo dos vírus influenza, segundo os autores. "Agora podemos criar modelos imunológicos muito eficazes para uma variedade de patógenos", disse Dougan. "É realmente um modelo ideal para o estudo de células imunes à memória". "Esta é uma pesquisa que poderia ajudar no planejamento racional de vacinas mais eficazes para a gripe sazonal e até sugerir novas estratégias para conferir imunidade", concluiu Ashour.
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Contra um vírus prejudicial, o sistema imunológico trabalha para gerar células capazes de produzir anticorpos que se adaptam perfeitamente para ligar e desarmar o invasor hostil. Essas células B específicas proliferam, secretando os anticorpos que lentamente e eventualmente eliminam o vírus, e uma população dessas células retém as informações necessárias para neutralizar o vírus, instalando-se no pulmão para interromper a infecção secundária pela reexposição ao vírus por inalação. .
Na superfície dessas células chamadas memória B estão receptores de alta afinidade específicos para vírus que se ligam a partículas virais para reduzir a propagação viral. Embora essas células devam servir como a primeira linha de defesa do corpo, verifica-se que o vírus influenza explora a especificidade dos receptores celulares, usando-os para poder entrar, interromper a produção de anticorpos e, finalmente, destruir as células.
Dessa maneira, enviando seus inimigos, o vírus é capaz de se replicar com eficiência, de modo que o sistema imunológico precise montar uma segunda onda de defesa. "Agora podemos adicionar uma nova maneira à crescente lista de maneiras que o vírus da gripe tem para estabelecer a infecção", disse um dos pesquisadores do estudo, Joseph Ashour, cientista de pós-doutorado no laboratório de Whitehead.
"Dessa maneira, o vírus ganha uma posição e atinge as células da memória no pulmão, o que lhe permite estabelecer a infecção, mesmo que o sistema imunológico tenha visto essa gripe antes", acrescenta Stephanie Dougan, também autora. do estudo.
A descoberta dessa dinâmica de vírus não foi uma tarefa fácil, em parte porque as células B são encontradas em quantidades extremamente pequenas e são muito difíceis de isolar. Para fazer isso, os cientistas usaram uma tecnologia de rotulagem de proteínas que liga um marcador fluorescente ao vírus da gripe, para que as células B específicas da gripe possam ser identificadas por sua interação com as micelas da gripe fluorescente.
Provavelmente, o processo infeccioso descoberto não é exclusivo dos vírus influenza, segundo os autores. "Agora podemos criar modelos imunológicos muito eficazes para uma variedade de patógenos", disse Dougan. "É realmente um modelo ideal para o estudo de células imunes à memória". "Esta é uma pesquisa que poderia ajudar no planejamento racional de vacinas mais eficazes para a gripe sazonal e até sugerir novas estratégias para conferir imunidade", concluiu Ashour.
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