A genética moderna permite a utilização de diversos métodos que permitem estabelecer a paternidade sem a necessidade da participação direta do pai. Para tanto, o DNA do pai é testado com base no material genético deixado em objetos do cotidiano; Análise do cromossomo Y (no caso do pai do menino); exame dos parentes do pai falecido (no caso do pai da menina).
A morte de um pai em potencial torna impossível chegar à verdade? Não, porque as técnicas genéticas atuais permitem a utilização de amostras outrora pertencentes ao falecido ou incluem os membros mais próximos de sua família ao estudo.
Tais problemas são freqüentemente enfrentados por mães que não conseguiram resolver as questões jurídicas relacionadas ao estabelecimento da paternidade de seu filho. A menos que tenha havido um sepultamento, a questão não é tão complicada ainda, pois o material pode ser retirado diretamente do homem falecido para exame, como um cotonete de bochecha, cabelo arrancado com raízes ou um pedaço de tecido. Posteriormente, seria necessária uma exumação para poder utilizar o material diretamente do pai falecido. No entanto, o processo é bastante complicado, por exemplo do ponto de vista das formalidades legais.
Portanto, a genética moderna permite o uso de vários métodos que permitem estabelecer a paternidade sem o envolvimento direto do pai:
1. Análise das amostras do pai que potencialmente contêm seu DNA
Este método de estabelecer a paternidade foi descrito inicialmente no início do artigo. Muitas vezes, após a morte de uma pessoa, sua família possui vários materiais que pertenceram ao falecido, como escovas de dente, lâminas de barbear ou lenços de papel com manchas de sangue. Desses materiais, é possível extrair com sucesso o DNA do pai e depois compará-lo com o DNA da criança. Este é um teste de paternidade típico, com a diferença de que uma amostra atípica do pai é incluída no teste (um esfregaço padrão é tirado de dentro da bochecha para testes de paternidade).
2. Estudo do cromossomo Y presente nos homens
Se a criança for do sexo masculino e houver membros do sexo masculino na família do falecido, uma análise do cromossomo Y, que só é encontrado em homens, pode ser realizada.
O método que usa a análise do cromossomo Y é baseado no princípio de que cada homem passa o cromossomo Y para seu filho, que por sua vez o passa para o filho. E assim de geração em geração. O cromossomo Y sofre qualquer alteração muito lentamente, portanto, ao analisar o material genético do avô e do neto potencial, deve-se obter perfis idênticos do cromossomo Y, se os homens forem genuinamente aparentados.
A análise do cromossomo Y não é realizada quando a paternidade é estabelecida entre dois irmãos, porque cada um deles tem o mesmo cromossomo Y, assim como a criança testada.
3. Incluindo parentes do pai falecido no exame
O sexo da criança que está sendo examinada é muito importante do ponto de vista da escolha do método que o laboratório usará para estabelecer a paternidade. Se a criança for do sexo feminino, não é possível usar a análise do cromossomo Y, pois ela está presente apenas em homens. Nesse caso, o estudo inclui material dos familiares mais próximos do pai falecido, independentemente do sexo. Pode ser a mãe, irmã ou outro filho do falecido. Quanto mais pessoas forem incluídas no teste, maior será a probabilidade do resultado obtido.
Este método consiste primeiro em determinar os perfis genéticos das cobaias - como é o caso dos testes clássicos de paternidade, e então conduzir uma análise estatística especializada para estimar a probabilidade de parentesco entre as cobaias. A sensibilidade muito alta do resultado é obtida ao examinar os pais do pai falecido e uma neta em potencial.