Sexta-feira, 28 de junho de 2013. - Na Clínica Universitária de Regensburg e em outros centros de saúde alemães, é investigado se a aplicação de choques elétricos diretamente nas células cancerígenas pode ajudar a eliminar permanentemente os carcinomas.
A radiologia convencional limita-se ao desenvolvimento e interpretação de imagens feitas com raios X. Mas hoje o perfil dos médicos que a praticam está se expandindo. Os especialistas não apenas observam radiografias, mas também imagens de ultra-som ou obtidas por meio de tomografia em espiral multislice (TEM).
Além disso, alguns radiologistas já realizam intervenções cirúrgicas, embora sejam minimamente invasivas e não causem lesões graves. Um exemplo é uma terapia oncológica aplicada experimentalmente na Alemanha.
Este procedimento não é espetacular. Os médicos inserem uma agulha muito longa e extremamente fina no corpo do paciente e seguem o caminho através de um monitor conectado na maioria dos casos a um tomógrafo. O professor Christian Stroszczynski, da Clínica da Universidade de Regensburg, diz: "O radiologista trabalha com as mãos e insere os instrumentos no corpo de maneira não invasiva para realizar a terapia".
Assim que a ponta atinge um tumor, por exemplo, no fígado, é aquecida até que as células cancerígenas morram. Mas não é um procedimento essencialmente térmico, explica o especialista: "Vários eletrodos são inseridos no carcinoma, cujas células são submetidas a choques elétricos. Aparentemente, as células cancerígenas reagem de uma maneira particular: elas se desintegram".
Essas células se distinguem por seu alto teor de água e, portanto, têm uma reação muito mais rápida a choques elétricos do que as células saudáveis. A terapia é conhecida como eletroporação e envolve até seis agulhas como eletrodos. Assim, choques de alta voltagem são aplicados a tumores de câncer cujas células, como esperado, podem ser eliminadas de maneira concentrada e relativamente inofensiva.
Stroszczynski e sua equipe aplicam terapia experimental em 35 pacientes com câncer de fígado, um órgão que é facilmente acessível através de agulhas. "Os primeiros resultados indicam que o método é suportável, de baixo risco e também bem-sucedido", diz o médico da Clínica da Universidade de Regensburg.
Mas a questão fundamental permanece quando se trata de terapias contra o câncer: a presença de células cancerígenas é eliminada permanentemente ou elas retornam após um certo tempo? A resposta definitiva ainda vai esperar, diz Stroszczynski: "Naturalmente, existem perguntas sobre os efeitos a longo prazo. Estamos otimistas. Mas teremos que esperar vários anos antes de podermos comparar isso cientificamente com outras terapias".
O cientista também aponta uma desvantagem do tratamento com eletrochoques, em comparação com outras terapias projetadas para combater o câncer. "É necessário aplicar anestesia geral, caso contrário, choques elétricos podem causar arritmias cardíacas", diz ele.
Além de Regensburg, o novo tratamento é submetido a experimentos em vários centros médicos na Alemanha, especialmente em pacientes com tumores hepáticos. Se comprovadamente útil contra o câncer, a terapia de eletroporação pode ser aplicada a outros órgãos, como a próstata ou o pâncreas.
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A radiologia convencional limita-se ao desenvolvimento e interpretação de imagens feitas com raios X. Mas hoje o perfil dos médicos que a praticam está se expandindo. Os especialistas não apenas observam radiografias, mas também imagens de ultra-som ou obtidas por meio de tomografia em espiral multislice (TEM).
Além disso, alguns radiologistas já realizam intervenções cirúrgicas, embora sejam minimamente invasivas e não causem lesões graves. Um exemplo é uma terapia oncológica aplicada experimentalmente na Alemanha.
Este procedimento não é espetacular. Os médicos inserem uma agulha muito longa e extremamente fina no corpo do paciente e seguem o caminho através de um monitor conectado na maioria dos casos a um tomógrafo. O professor Christian Stroszczynski, da Clínica da Universidade de Regensburg, diz: "O radiologista trabalha com as mãos e insere os instrumentos no corpo de maneira não invasiva para realizar a terapia".
Procedimento não térmico
Assim que a ponta atinge um tumor, por exemplo, no fígado, é aquecida até que as células cancerígenas morram. Mas não é um procedimento essencialmente térmico, explica o especialista: "Vários eletrodos são inseridos no carcinoma, cujas células são submetidas a choques elétricos. Aparentemente, as células cancerígenas reagem de uma maneira particular: elas se desintegram".
Essas células se distinguem por seu alto teor de água e, portanto, têm uma reação muito mais rápida a choques elétricos do que as células saudáveis. A terapia é conhecida como eletroporação e envolve até seis agulhas como eletrodos. Assim, choques de alta voltagem são aplicados a tumores de câncer cujas células, como esperado, podem ser eliminadas de maneira concentrada e relativamente inofensiva.
Fase experimental
Stroszczynski e sua equipe aplicam terapia experimental em 35 pacientes com câncer de fígado, um órgão que é facilmente acessível através de agulhas. "Os primeiros resultados indicam que o método é suportável, de baixo risco e também bem-sucedido", diz o médico da Clínica da Universidade de Regensburg.
Mas a questão fundamental permanece quando se trata de terapias contra o câncer: a presença de células cancerígenas é eliminada permanentemente ou elas retornam após um certo tempo? A resposta definitiva ainda vai esperar, diz Stroszczynski: "Naturalmente, existem perguntas sobre os efeitos a longo prazo. Estamos otimistas. Mas teremos que esperar vários anos antes de podermos comparar isso cientificamente com outras terapias".
O cientista também aponta uma desvantagem do tratamento com eletrochoques, em comparação com outras terapias projetadas para combater o câncer. "É necessário aplicar anestesia geral, caso contrário, choques elétricos podem causar arritmias cardíacas", diz ele.
Além de Regensburg, o novo tratamento é submetido a experimentos em vários centros médicos na Alemanha, especialmente em pacientes com tumores hepáticos. Se comprovadamente útil contra o câncer, a terapia de eletroporação pode ser aplicada a outros órgãos, como a próstata ou o pâncreas.
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