Quarta-feira, 25 de junho de 2014.- Os pequenos encontram na folha em branco um meio de aprender e expressar o que gostam e se preocupar, mas é também um meio de conhecer o ser humano.
Um estudo da Universidade do País Basco estabelece as bases científicas para levar em consideração os desenhos de crianças pequenas como um recurso útil na avaliação de seu desenvolvimento conceitual na primeira infância. O trabalho, publicado na revista 'Journal of Biological Education', relaciona a maturidade conceitual das crianças à produção pictórica.
José Domingo Villarroel e Guillermo Infante, professores das Escolas de Ensino de Bilbao e Vitória, analisaram os desenhos sobre a vida das plantas de 118 meninas e meninos com idades entre 4 e 7 anos. Os resultados de seu estudo mostram que aqueles que têm um conhecimento mais preciso dos seres vivos costumam desenhar aspectos-chave, como sol, chuva e nuvens, representações que não são meramente decorativas para as crianças.
Segundo Villaroel e Infante, o sol que aparece nos desenhos das crianças em relação às plantas não é um elemento estético, mas a consequência de saber que as plantas precisam da luz solar para sobreviver.
Especialistas como Sergi Banús, psicólogo clínico infantil, consideram que o desenho é uma ferramenta muito útil na avaliação psicológica de crianças, principalmente após cinco anos. Nesse sentido, ele ressalta que o desenho reflete a maneira particular como a criança vê e vive seu mundo, além de assumir um reflexo de suas mudanças maturacionais.
Especificamente, existem indicadores gráficos para traços psicológicos, como desobediência, ansiedade, egocentrismo, motivação para aprender, insegurança, perseverança, autoestima ou problemas de relacionamento social. No entanto, especialistas alertam que a interpretação do desenho infantil deve ser baseada em aproximações estatísticas que associam a presença de uma determinada característica do desenho com uma alta probabilidade de apresentar um traço de personalidade. Além disso, deve-se levar em consideração que elas podem ser características que aparecem em momentos específicos da vida da criança.
Portanto, existem testes específicos baseados em diferentes tipos de desenhos que ajudam psicólogos e educadores a detectar possíveis problemas ou potencialidades em crianças. Dois dos mais utilizados são os da família e a pessoa da árvore da casa. Por exemplo, no desenho da família, características como tamanho, tipo de traço, a ordem em que os caracteres foram pintados e a distância entre eles são avaliadas ou a omissão de qualquer uma das figuras (pai, mãe ou um irmão), até a recusa de desenhar.
Judit Cueto, psicóloga e promotora do portal 'Rabiscos e desenhos', destaca que em certas idades as crianças não conseguem explicar em palavras o que acontece com elas e como se sentem e que, para elas, a maneira natural de fazê-lo pode ser através do desenho. Cueto observa 8 aspectos que, a partir do desenho, podem ajudar os pais a detectar precocemente se houver algum problema:
1. Evolução das formas e figuras: cada estágio corresponde a um nível de evolução do desenho. Assim, por volta de 4 a 5 anos, os formulários devem ser minimamente reconhecíveis, pois a criança está no processo de elaboração dos esquemas de cada coisa.
2. Pressão: devemos observar as incompatibilidades, se os traços forem tão fortes que possam quebrar o papel ou tão macios que o desenho quase não esteja delineado.
3. Elementos do desenho: se a criança adiciona muitos detalhes a um elemento ou parte do desenho ou os omite quando deve incluí-los.
4. Tamanho ou espaço utilizado: as desproporções de uma figura ou de seus elementos. Você também pode encontrar tamanhos muito grandes que excedem o espaço da folha ou muito pequenos.
5. Organização das formas e figuras: se houver confusão na ordem dos elementos ou, pelo contrário, tudo será colocado e organizado de forma a dar a impressão de rigidez ou desenho estático.
6. O desenho das linhas: é necessário determinar se as linhas estão quebradas ou quebradas ou estão concentradas, formando uma espécie de bola enegrecida, ou se são muito angulares.
7. As cores: a partir de 4 anos, a cor é escolhida para uma questão emocional. Será um sinal de aviso de que a criança usa uma única cor repetidamente ou se predominam preto e vermelho em seus desenhos.
8. Cruzamentos e correções: você deve observar se há muitos pregos ou se você precisa apagar muitas vezes o que desenha e depois repeti-lo.
Cueto recomenda que, se os pais acreditam que seu filho está passando por um momento difícil e podem detectar em seus desenhos aspectos marcantes, recorrer a um profissional qualificado que inspire confiança e, acima de tudo, "para se conectar com seu filho desde a primeira visita".
Fonte:
Etiquetas:
Família Regeneração Diferente
Um estudo da Universidade do País Basco estabelece as bases científicas para levar em consideração os desenhos de crianças pequenas como um recurso útil na avaliação de seu desenvolvimento conceitual na primeira infância. O trabalho, publicado na revista 'Journal of Biological Education', relaciona a maturidade conceitual das crianças à produção pictórica.
José Domingo Villarroel e Guillermo Infante, professores das Escolas de Ensino de Bilbao e Vitória, analisaram os desenhos sobre a vida das plantas de 118 meninas e meninos com idades entre 4 e 7 anos. Os resultados de seu estudo mostram que aqueles que têm um conhecimento mais preciso dos seres vivos costumam desenhar aspectos-chave, como sol, chuva e nuvens, representações que não são meramente decorativas para as crianças.
Segundo Villaroel e Infante, o sol que aparece nos desenhos das crianças em relação às plantas não é um elemento estético, mas a consequência de saber que as plantas precisam da luz solar para sobreviver.
Especialistas como Sergi Banús, psicólogo clínico infantil, consideram que o desenho é uma ferramenta muito útil na avaliação psicológica de crianças, principalmente após cinco anos. Nesse sentido, ele ressalta que o desenho reflete a maneira particular como a criança vê e vive seu mundo, além de assumir um reflexo de suas mudanças maturacionais.
Especificamente, existem indicadores gráficos para traços psicológicos, como desobediência, ansiedade, egocentrismo, motivação para aprender, insegurança, perseverança, autoestima ou problemas de relacionamento social. No entanto, especialistas alertam que a interpretação do desenho infantil deve ser baseada em aproximações estatísticas que associam a presença de uma determinada característica do desenho com uma alta probabilidade de apresentar um traço de personalidade. Além disso, deve-se levar em consideração que elas podem ser características que aparecem em momentos específicos da vida da criança.
Portanto, existem testes específicos baseados em diferentes tipos de desenhos que ajudam psicólogos e educadores a detectar possíveis problemas ou potencialidades em crianças. Dois dos mais utilizados são os da família e a pessoa da árvore da casa. Por exemplo, no desenho da família, características como tamanho, tipo de traço, a ordem em que os caracteres foram pintados e a distância entre eles são avaliadas ou a omissão de qualquer uma das figuras (pai, mãe ou um irmão), até a recusa de desenhar.
SINAIS DE AVISO NO DESENHO
Judit Cueto, psicóloga e promotora do portal 'Rabiscos e desenhos', destaca que em certas idades as crianças não conseguem explicar em palavras o que acontece com elas e como se sentem e que, para elas, a maneira natural de fazê-lo pode ser através do desenho. Cueto observa 8 aspectos que, a partir do desenho, podem ajudar os pais a detectar precocemente se houver algum problema:
1. Evolução das formas e figuras: cada estágio corresponde a um nível de evolução do desenho. Assim, por volta de 4 a 5 anos, os formulários devem ser minimamente reconhecíveis, pois a criança está no processo de elaboração dos esquemas de cada coisa.
2. Pressão: devemos observar as incompatibilidades, se os traços forem tão fortes que possam quebrar o papel ou tão macios que o desenho quase não esteja delineado.
3. Elementos do desenho: se a criança adiciona muitos detalhes a um elemento ou parte do desenho ou os omite quando deve incluí-los.
4. Tamanho ou espaço utilizado: as desproporções de uma figura ou de seus elementos. Você também pode encontrar tamanhos muito grandes que excedem o espaço da folha ou muito pequenos.
5. Organização das formas e figuras: se houver confusão na ordem dos elementos ou, pelo contrário, tudo será colocado e organizado de forma a dar a impressão de rigidez ou desenho estático.
6. O desenho das linhas: é necessário determinar se as linhas estão quebradas ou quebradas ou estão concentradas, formando uma espécie de bola enegrecida, ou se são muito angulares.
7. As cores: a partir de 4 anos, a cor é escolhida para uma questão emocional. Será um sinal de aviso de que a criança usa uma única cor repetidamente ou se predominam preto e vermelho em seus desenhos.
8. Cruzamentos e correções: você deve observar se há muitos pregos ou se você precisa apagar muitas vezes o que desenha e depois repeti-lo.
Cueto recomenda que, se os pais acreditam que seu filho está passando por um momento difícil e podem detectar em seus desenhos aspectos marcantes, recorrer a um profissional qualificado que inspire confiança e, acima de tudo, "para se conectar com seu filho desde a primeira visita".
Fonte: