Terça-feira, 2 de julho de 2013.-Um grupo de pesquisadores da Universidade Pompeu Fabra (UPF) divulgou esta semana que descobriu o mecanismo cerebral que altera a coordenação motora pelo uso crônico de cannabis.
O estudo, publicado esta semana no Journal of Clinical Investigation, mostrou que a exposição crônica à principal substância psicoativa da cannabis, delta9-tetrahidrocanabinol (THC), causa inflamação no cerebelo, área cerebral que coordena os movimentos e responsável pelo aprendizado motor.
Conforme explicado por um dos pesquisadores do projeto, Andrés Ozaita, até agora se sabia que o uso crônico de cannabis causa uma diminuição nos receptores de cannabis, que estão presentes em quase todas as partes do cérebro e desempenham diferentes funções.
Com essa nova pesquisa, eles conseguiram demonstrar que essa diminuição nos receptores de cannabis causa um "ambiente neuroinflamatório" no cerebelo, uma vez que a microglia é ativada, um conjunto de células consideradas como o sistema imunológico do cérebro.
A micróglia, que normalmente está adormecida, é ativada antes do THC da mesma maneira que quando ocorre dano cerebral, de modo que ocorre uma inflamação que impede o bom funcionamento do cerebelo.
O estudo foi realizado em camundongos de laboratório, que após a exposição à maconha, apresentaram problemas de coordenação motora "leves", conforme explicado por Ozaita.
Esses danos são reversíveis porque a pesquisa mostrou que, se o uso de maconha for interrompido e os medicamentos inibidores da microglia forem usados, os problemas de coordenação motora serão reduzidos ou desaparecerão completamente.
Segundo os cientistas, esse mecanismo cerebral poderia funcionar igualmente com os seres humanos, pois foi demonstrado que o alto uso crônico de maconha também causa problemas de coordenação fina e uma diminuição no número de receptores de cannabis, portanto, a única coisa que resta a provar é que a microglia também está ativada.
O trabalho de pesquisa foi preparado pelas cientistas Laura Cutando, Arnau Busquets-Garcia, Emma Puighermanal, Maria Gomis-González, José María Delgado-García, Agnès Gruart, Rafael Maldonado e Andrés Ozaita.
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Beleza Cut-And-Criança Saúde
O estudo, publicado esta semana no Journal of Clinical Investigation, mostrou que a exposição crônica à principal substância psicoativa da cannabis, delta9-tetrahidrocanabinol (THC), causa inflamação no cerebelo, área cerebral que coordena os movimentos e responsável pelo aprendizado motor.
Conforme explicado por um dos pesquisadores do projeto, Andrés Ozaita, até agora se sabia que o uso crônico de cannabis causa uma diminuição nos receptores de cannabis, que estão presentes em quase todas as partes do cérebro e desempenham diferentes funções.
Com essa nova pesquisa, eles conseguiram demonstrar que essa diminuição nos receptores de cannabis causa um "ambiente neuroinflamatório" no cerebelo, uma vez que a microglia é ativada, um conjunto de células consideradas como o sistema imunológico do cérebro.
A micróglia, que normalmente está adormecida, é ativada antes do THC da mesma maneira que quando ocorre dano cerebral, de modo que ocorre uma inflamação que impede o bom funcionamento do cerebelo.
O estudo foi realizado em camundongos de laboratório, que após a exposição à maconha, apresentaram problemas de coordenação motora "leves", conforme explicado por Ozaita.
Esses danos são reversíveis porque a pesquisa mostrou que, se o uso de maconha for interrompido e os medicamentos inibidores da microglia forem usados, os problemas de coordenação motora serão reduzidos ou desaparecerão completamente.
Segundo os cientistas, esse mecanismo cerebral poderia funcionar igualmente com os seres humanos, pois foi demonstrado que o alto uso crônico de maconha também causa problemas de coordenação fina e uma diminuição no número de receptores de cannabis, portanto, a única coisa que resta a provar é que a microglia também está ativada.
O trabalho de pesquisa foi preparado pelas cientistas Laura Cutando, Arnau Busquets-Garcia, Emma Puighermanal, Maria Gomis-González, José María Delgado-García, Agnès Gruart, Rafael Maldonado e Andrés Ozaita.
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