Quinta-feira, 20 de novembro de 2014.- Um tratamento que oferece uma nova maneira de combater o câncer está sendo desenvolvido por equipes de pesquisadores. Este é Bakht Mohamadreza e Mahdi Sadeghi, da Universidade Islâmica Azad do Irã. Este estudo também envolve acadêmicos da Faculdade de Engenharia da Universidade de Talca (Chile), Claudio Tenreiro e Mauricio Arenas.
O trabalho científico consiste na produção de nanopartículas emitindo partículas beta (elétrons), que conseguem eliminar um tumor de seu centro.
O professor Claudio Tenreiro, reitor da Faculdade de Engenharia, explicou que a técnica consiste especificamente na detecção e geração de nanopartículas para uso no tratamento dessa doença. São utilizados ouro e um elemento químico chamado praseodímio, entre outros, que podem ser transformados no que é chamado de emissores beta puros.
É possível ativar esse elemento, gerar o emissor beta, e é inserido no tumor, neutralizando as células nocivas por dentro, tornando o dano tecidual muito mais localizado, dada a amplitude limitada do movimento do elétron em um meio. .
"Os tratamentos convencionais usam técnicas que produzem danos colaterais, pois concentram a radiação no tumor, mas para isso, áreas de tecido saudável devem ser atravessadas. Mas a idéia das nanopartículas é que as coloque no próprio tumor e ele interaja. somente na área vizinha onde é emitida, matando apenas o tecido circundante ", afirmou Tenreiro.
Ele acrescentou que, inicialmente, acreditava-se que a terapia poderia ajudar, especialmente nos casos em que não poderia ser operada, como cânceres em certas áreas do cérebro, uma vez que é usado um sistema chamado "nanobrachytherapy", que insere pequenas "agulhas" para tratamento, por exemplo. exemplo, de Irídio.
O trabalho de pesquisa dos professores Tenreiro e Arenas está na primeira fase da terapia, que é a criação dessas nanopartículas e sua ativação, para que mais tarde uma equipe de médicos especialistas as insira no tumor de um paciente.
"Estamos produzindo as nanopartículas há algum tempo. A primeira coisa é a técnica para gerar esses materiais que podem ser transformados em emissores beta puros (elétrons). As técnicas tradicionais usam raios gama que passam por muitos tecidos, depositando energia à medida que passam, semelhante ao que acontece com um raio-X ou com partículas de alta energia. Enquanto em emissores beta, o dano é muito menor e o processo ocorre em um determinado período de tempo, matando células cancerígenas. o elemento é estável e é descartado pelo metabolismo normal ", afirmou o professor Tenreiro.
O professor Mauricio Arenas, do curso de Engenharia de Bioinformática, está trabalhando na avaliação da forma das nanopartículas, através de microscopia eletrônica. "Dessa forma, você pode padronizar o protocolo de produção", disse Arenas.
Além disso, eles estão atualmente desenvolvendo técnicas para a síntese dessas unidades de maneira biológica por meio de microorganismos.
Um dos aspectos importantes é que a meia-vida do elemento usado na área com câncer deve ser curta, de modo que a radioatividade não permaneça na pessoa por um longo tempo e que tenha apenas o efeito necessário e se torne um isótopo estável.
Entre os compostos que estão sendo estudados está o praseodímio, que de acordo com o acadêmico "tem um futuro bastante no tratamento do câncer, pois há um conjunto de tipos de câncer nos quais eles têm um efeito importante", afirmou.
Nesse caso, o isótopo radioativo tem uma vida útil de 19 horas, o que lhe permite atuar sobre o tumor e, em seguida, o efeito termina em algumas horas, dependendo do tempo de aplicação, deixando o tumor como uma partícula estável que não danifica para o resto dos tecidos.
Outro dos materiais com os quais foi trabalhado é o ouro, pois, de acordo com os estudos, os tamanhos das nanopartículas podem ser adequadamente controlados e isso é relevante se for necessário, por exemplo, a retenção desses na parede celular do tumor
Além disso, com este composto, duas técnicas podem ser usadas simultaneamente, que a equipe de cientistas estuda: a definida acima e a termoterapia que consiste em inserir a nanopartícula e, em seguida, com radiofreqüência para aquecê-la para atingir uma temperatura superior a 42 graus a célula prejudicial onde o ouro foi inserido morre.
"A idéia é que, se o tumor for detectado precocemente, ele será removido com essas terapias e removido, mantendo o controle, impedindo o crescimento e a disseminação das células cancerígenas", afirmou Tenreiro.
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O trabalho científico consiste na produção de nanopartículas emitindo partículas beta (elétrons), que conseguem eliminar um tumor de seu centro.
O professor Claudio Tenreiro, reitor da Faculdade de Engenharia, explicou que a técnica consiste especificamente na detecção e geração de nanopartículas para uso no tratamento dessa doença. São utilizados ouro e um elemento químico chamado praseodímio, entre outros, que podem ser transformados no que é chamado de emissores beta puros.
É possível ativar esse elemento, gerar o emissor beta, e é inserido no tumor, neutralizando as células nocivas por dentro, tornando o dano tecidual muito mais localizado, dada a amplitude limitada do movimento do elétron em um meio. .
"Os tratamentos convencionais usam técnicas que produzem danos colaterais, pois concentram a radiação no tumor, mas para isso, áreas de tecido saudável devem ser atravessadas. Mas a idéia das nanopartículas é que as coloque no próprio tumor e ele interaja. somente na área vizinha onde é emitida, matando apenas o tecido circundante ", afirmou Tenreiro.
Ele acrescentou que, inicialmente, acreditava-se que a terapia poderia ajudar, especialmente nos casos em que não poderia ser operada, como cânceres em certas áreas do cérebro, uma vez que é usado um sistema chamado "nanobrachytherapy", que insere pequenas "agulhas" para tratamento, por exemplo. exemplo, de Irídio.
O trabalho de pesquisa dos professores Tenreiro e Arenas está na primeira fase da terapia, que é a criação dessas nanopartículas e sua ativação, para que mais tarde uma equipe de médicos especialistas as insira no tumor de um paciente.
"Estamos produzindo as nanopartículas há algum tempo. A primeira coisa é a técnica para gerar esses materiais que podem ser transformados em emissores beta puros (elétrons). As técnicas tradicionais usam raios gama que passam por muitos tecidos, depositando energia à medida que passam, semelhante ao que acontece com um raio-X ou com partículas de alta energia. Enquanto em emissores beta, o dano é muito menor e o processo ocorre em um determinado período de tempo, matando células cancerígenas. o elemento é estável e é descartado pelo metabolismo normal ", afirmou o professor Tenreiro.
O professor Mauricio Arenas, do curso de Engenharia de Bioinformática, está trabalhando na avaliação da forma das nanopartículas, através de microscopia eletrônica. "Dessa forma, você pode padronizar o protocolo de produção", disse Arenas.
Além disso, eles estão atualmente desenvolvendo técnicas para a síntese dessas unidades de maneira biológica por meio de microorganismos.
Um dos aspectos importantes é que a meia-vida do elemento usado na área com câncer deve ser curta, de modo que a radioatividade não permaneça na pessoa por um longo tempo e que tenha apenas o efeito necessário e se torne um isótopo estável.
Entre os compostos que estão sendo estudados está o praseodímio, que de acordo com o acadêmico "tem um futuro bastante no tratamento do câncer, pois há um conjunto de tipos de câncer nos quais eles têm um efeito importante", afirmou.
Nesse caso, o isótopo radioativo tem uma vida útil de 19 horas, o que lhe permite atuar sobre o tumor e, em seguida, o efeito termina em algumas horas, dependendo do tempo de aplicação, deixando o tumor como uma partícula estável que não danifica para o resto dos tecidos.
Outro dos materiais com os quais foi trabalhado é o ouro, pois, de acordo com os estudos, os tamanhos das nanopartículas podem ser adequadamente controlados e isso é relevante se for necessário, por exemplo, a retenção desses na parede celular do tumor
Além disso, com este composto, duas técnicas podem ser usadas simultaneamente, que a equipe de cientistas estuda: a definida acima e a termoterapia que consiste em inserir a nanopartícula e, em seguida, com radiofreqüência para aquecê-la para atingir uma temperatura superior a 42 graus a célula prejudicial onde o ouro foi inserido morre.
"A idéia é que, se o tumor for detectado precocemente, ele será removido com essas terapias e removido, mantendo o controle, impedindo o crescimento e a disseminação das células cancerígenas", afirmou Tenreiro.
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