A estratégia da Suécia falhou: o saldo de infecções por coronavírus e mortes por Covid-19 está aumentando. O epidemiologista chefe da Suécia, Anders Tegnell, responsável pela estratégia liberal, recebe cartas anônimas com ameaças de morte.
Lembremo-nos: a Suécia é o único país da Europa onde todas as lojas, cinemas e restaurantes estavam abertos durante a pandemia do coronavírus, as pessoas circulavam pelos parques em grupos, quase ninguém usava máscara. Apenas os suecos com sintomas respiratórios superiores, bem como as pessoas com mais de 70 anos, foram convidados a ficar em casa.
Foi pensando neles (assim como nas pessoas com doenças crônicas) que as lojas suecas introduziram o horário de funcionamento para idosos. Devido à ameaça, uma proibição de entrada temporária também foi introduzida para pessoas de fora do Espaço Econômico Europeu e da Suíça. O primeiro-ministro da Suécia apelou à prudência e responsabilidade. Mas a vida continuou como se nada tivesse acontecido.
Essa estratégia não funcionou: a Suécia tem visto um número crescente de mortes há algum tempo (atualmente 4.125 pessoas morreram de coronavírus na Suécia). Segundo a Agência Polonesa de Imprensa, o número de casos confirmados de coronavírus na Suécia é de 34.440, o que significa um aumento nas últimas 24 horas em 597. Na terça-feira, para 1,5 mil. o número de pessoas tratadas para Covid-19 em hospitais aumentou, dos quais 343 pacientes estão em unidades de terapia intensiva.
O epidemiologista chefe do país, Anders Tegnell, responsável pela estratégia liberal do coronavírus da Suécia, está recebendo repetidas ameaças de morte por e-mail e correio tradicional, informou o Aftonbladet na terça-feira. Um perpetrador desconhecido também enviou ameaças por meio de mensagens instantâneas para parentes de Tegnell. A polícia cuidou do caso, mas não conseguiu encontrar os responsáveis.
O epidemiologista chefe do país não apareceu na terça-feira na coletiva de imprensa diária no Gabinete de Saúde Pública. Um grupo de pessoas que perderam seus entes queridos em consequência da epidemia tem se manifestado por vários dias em frente aos escritórios ou no centro de Estocolmo, exigindo uma mudança na estratégia sueca. Em sua opinião, a falta de restrições radicais contribuiu para a disseminação significativa da infecção.
No domingo, manifestantes na Praça Sergel montaram um caixão simbólico. Alguns suecos, porém, consideram Tegnell um herói. No Facebook, foi criado um perfil onde os internautas apresentam suas camisetas com a imagem de um epidemiologista ou tatuagens.
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