Cientistas chineses mostraram que pessoas que têm dengue podem ter imunidade contra o zika.
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(Health) - De um estudo realizado com ratos, a Universidade de Wenzhou, na China, anunciou que pacientes que já sofriam do vírus da dengue poderiam ter adquirido alguma imunidade para resistir melhor à infecção pelo zika, ambas transmitidas por o mosquito Aedes aegypti, também portador de outras doenças, como febre amarela ou chikungunya (chikungunya).
Durante o experimento, os cientistas injetaram o vírus da dengue em alguns ratos e, após a recuperação, inocularam o vírus Zika. Outra parte dos roedores foi exposta apenas à segunda doença e os resultados da análise mostraram que aqueles que já haviam superado a dengue tinham uma concentração consideravelmente menor no sangue, cérebro e tecidos da infecção pelo zika, porque o sistema imunológico produz um efeito de proteção cruzada, conforme descrito no estudo publicado na revista Nature (em inglês).
Os resultados da pesquisa negam uma hipótese que sugeria que o histórico de infecção por dengue na América Latina seria a causa de altas taxas de zika que foram registradas mais recentemente no continente. Os cientistas demonstraram justamente o contrário, insistindo na possibilidade de desenvolver certa imunidade, observando que os linfócitos T CD8 seriam responsáveis por atuar na proteção cruzada de ambas as doenças.
A relação demonstrada entre as infecções de ambos os vírus e a possibilidade de atuar em outros grupos de linfócitos abre as portas para investigar uma vacina que pode prevenir a dengue e o zika, contra os atuais tratamentos de prevenção desenvolvidos, que focado apenas nos linfócitos do tipo B.
Carla Nichiata
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(Health) - De um estudo realizado com ratos, a Universidade de Wenzhou, na China, anunciou que pacientes que já sofriam do vírus da dengue poderiam ter adquirido alguma imunidade para resistir melhor à infecção pelo zika, ambas transmitidas por o mosquito Aedes aegypti, também portador de outras doenças, como febre amarela ou chikungunya (chikungunya).
Durante o experimento, os cientistas injetaram o vírus da dengue em alguns ratos e, após a recuperação, inocularam o vírus Zika. Outra parte dos roedores foi exposta apenas à segunda doença e os resultados da análise mostraram que aqueles que já haviam superado a dengue tinham uma concentração consideravelmente menor no sangue, cérebro e tecidos da infecção pelo zika, porque o sistema imunológico produz um efeito de proteção cruzada, conforme descrito no estudo publicado na revista Nature (em inglês).
Os resultados da pesquisa negam uma hipótese que sugeria que o histórico de infecção por dengue na América Latina seria a causa de altas taxas de zika que foram registradas mais recentemente no continente. Os cientistas demonstraram justamente o contrário, insistindo na possibilidade de desenvolver certa imunidade, observando que os linfócitos T CD8 seriam responsáveis por atuar na proteção cruzada de ambas as doenças.
A relação demonstrada entre as infecções de ambos os vírus e a possibilidade de atuar em outros grupos de linfócitos abre as portas para investigar uma vacina que pode prevenir a dengue e o zika, contra os atuais tratamentos de prevenção desenvolvidos, que focado apenas nos linfócitos do tipo B.
Carla Nichiata