Quinta-feira, 13 de novembro de 2014.- As pessoas bilíngues têm um domínio maior da região de controle inibitório, pois seu cérebro está constantemente selecionando um ou outro idioma.
Um estudo realizado por Viorica Marian, da Northwestern University (Estados Unidos), indica que pessoas bilíngues processam informações com mais eficiência e facilidade do que aqueles que falam um único idioma. Isso ocorre porque o cérebro bilíngue está constantemente ativando os dois idiomas e escolhendo qual deles usar e qual ignorar. Os pesquisadores descobriram que, quando o cérebro é exercido dessa maneira, ele não precisa se esforçar tanto para realizar tarefas cognitivas.
"É como um sinal de parada", disse Marian. "Os bilíngues estão sempre dando sinal verde para um idioma e sinal vermelho para outro. Quando você precisa fazer isso o tempo todo, fica muito bom em inibir as palavras que não precisa", explicou. É uma das conclusões publicadas em um artigo no Brain and Language no qual é demonstrada por ressonâncias magnéticas funcionais como as pessoas bilíngues têm suas línguas "ativas" no cérebro ao mesmo tempo.
Neste estudo, os voluntários realizaram tarefas de compreensão de linguagem nas quais foram mostradas imagens de quatro objetos, incluindo a palavra mencionada acima e outro objeto com nome semelhante. Os participantes do estudo tiveram que reconhecer a palavra correta e ignorá-la com o som semelhante.
Os pesquisadores descobriram que, nesse caso, os participantes bilíngues eram melhores em filtrar palavras semelhantes porque seus cérebros estão acostumados a controlar dois idiomas e a inibir palavras irrelevantes.
As ressonâncias aplicadas mostraram que "os monolíngues mostraram maior ativação nas regiões de controle inibitório do que as bilíngues", disse Marian, que afirma ter que trabalhar mais para superar a tarefa.
Outras pesquisas sugerem que cérebros eficientes podem ser benéficos no dia a dia. Por exemplo, crianças bilíngues eram melhores em ignorar o ruído da classe do que crianças que falavam apenas um idioma, de acordo com o estudo publicado por Marian em Language and Cognition.
"O controle inibitório é uma característica da qualidade cognitiva. Não importa se estamos dirigindo ou realizando cirurgia, o importante é focar no que realmente importa e no que não importa", disse Marian, que disse que esse controle inibitório poderia explicar por que o bilinguismo parece oferecer uma vantagem protetora contra a doença de Alzheimer e a demência.
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Um estudo realizado por Viorica Marian, da Northwestern University (Estados Unidos), indica que pessoas bilíngues processam informações com mais eficiência e facilidade do que aqueles que falam um único idioma. Isso ocorre porque o cérebro bilíngue está constantemente ativando os dois idiomas e escolhendo qual deles usar e qual ignorar. Os pesquisadores descobriram que, quando o cérebro é exercido dessa maneira, ele não precisa se esforçar tanto para realizar tarefas cognitivas.
"É como um sinal de parada", disse Marian. "Os bilíngues estão sempre dando sinal verde para um idioma e sinal vermelho para outro. Quando você precisa fazer isso o tempo todo, fica muito bom em inibir as palavras que não precisa", explicou. É uma das conclusões publicadas em um artigo no Brain and Language no qual é demonstrada por ressonâncias magnéticas funcionais como as pessoas bilíngues têm suas línguas "ativas" no cérebro ao mesmo tempo.
Neste estudo, os voluntários realizaram tarefas de compreensão de linguagem nas quais foram mostradas imagens de quatro objetos, incluindo a palavra mencionada acima e outro objeto com nome semelhante. Os participantes do estudo tiveram que reconhecer a palavra correta e ignorá-la com o som semelhante.
Os pesquisadores descobriram que, nesse caso, os participantes bilíngues eram melhores em filtrar palavras semelhantes porque seus cérebros estão acostumados a controlar dois idiomas e a inibir palavras irrelevantes.
As ressonâncias aplicadas mostraram que "os monolíngues mostraram maior ativação nas regiões de controle inibitório do que as bilíngues", disse Marian, que afirma ter que trabalhar mais para superar a tarefa.
Outras pesquisas sugerem que cérebros eficientes podem ser benéficos no dia a dia. Por exemplo, crianças bilíngues eram melhores em ignorar o ruído da classe do que crianças que falavam apenas um idioma, de acordo com o estudo publicado por Marian em Language and Cognition.
"O controle inibitório é uma característica da qualidade cognitiva. Não importa se estamos dirigindo ou realizando cirurgia, o importante é focar no que realmente importa e no que não importa", disse Marian, que disse que esse controle inibitório poderia explicar por que o bilinguismo parece oferecer uma vantagem protetora contra a doença de Alzheimer e a demência.
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