Segunda-feira, 24 de junho de 2013.-Um grupo de cientistas da Alemanha e do Canadá criou o primeiro modelo digital 3D de alta resolução de um cérebro humano, que eles chamaram de Grande Cérebro.
A reconstrução mostra a anatomia do cérebro com detalhes microscópicos, o que permite aos acadêmicos ver pequenos detalhes.
Esse modelo do cérebro acaba de ser publicado na revista especializada Science e estará disponível gratuitamente para os neurocientistas, para ajudar na pesquisa.
Para sua criação, a equipe de acadêmicos cortou 7.400 seções no cérebro de uma mulher de 65 anos.
Cada uma dessas camadas tinha metade da espessura de um cabelo.
Em seguida, eles pintaram cada seção para destacar todos os detalhes anatômicos e criaram scanners de alta definição para passar as informações para um computador.
A etapa final foi recompor digitalmente todas as camadas digitalizadas.
No total, 80.000 milhões de neurônios foram capturados em um processo completo que levou 10 anos.
O resultado é um cérebro digital 3D e de alta definição, no qual os pesquisadores podem mergulhar para estudar áreas de interesse com um detalhe microscópico.
Um dos pesquisadores envolvidos no estudo, o professor Katrin Amunts, do Centro de Pesquisa Julich, na Alemanha, disse que era "como usar o Google Earth. Você pode ver detalhes que não eram visíveis até a chegada dessa reconstrução em 3D".
Outro membro da equipe, o professor Alan Evans, da Universidade McGill, no Canadá, descreveu o resultado obtido como um "feito técnico".
Entre os neurocientistas que usarão o Grande Cérebro está o professor Paul Fletcher, psiquiatra da Universidade de Cambridge, que está examinando com o cérebro o cérebro dos pacientes para aprofundar o conhecimento sobre distúrbios nutricionais.
Segundo ele, essa ferramenta 3D vai "um passo além" dos melhores scanners que ele consegue alcançar hoje.
"Poderemos estudar as respostas que vemos nos pacientes e colocá-las em um mapa, como um tipo de atlas, que se aproxima das camadas individuais do córtex cerebral, das mesmas células", afirmou.
O Grande Cérebro é a parte mais recente de uma série de grandes iniciativas no campo da neurociência que foram recentemente.
Recentemente, um grupo de pesquisadores americanos iniciou o Projeto Human Connectome, avaliado em cerca de US $ 37 milhões, que tentará mostrar scanners incrivelmente detalhados das interconexões entre áreas importantes do cérebro.
E há algumas semanas o presidente dos EUA Barack Obama anunciou uma iniciativa de cerca de US $ 100 milhões para fazer um mapa do cérebro humano que ajuda a encontrar curas para doenças como a doença de Alzheimer.
Por seu lado, a União Européia propôs um programa de US $ 1, 5 bilhão que, na prática, tentaria criar um cérebro do nada, usando a tecnologia da computação.
Entre os grandes promotores de pesquisas sobre o cérebro está a instituição britânica Wellcome Trust, que investe anualmente US $ 124 milhões nesse campo.
Segundo o diretor de neurociência e saúde mental, Dr. John Williams, o motor por trás do grande aumento no financiamento para esse tipo de pesquisa é a preocupação com o envelhecimento da população nos países industrializados.
"Distúrbios do cérebro e da mente, como demência, esquizofrenia ou depressão, são um grande fardo para a sociedade".
"Para um provedor de fundos como o Wellcome Trust, o desafio é como aumentar o conhecimento para desenvolver medicamentos e terapias que podem ajudar os pacientes e suas famílias", disse ele à BBC.
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A reconstrução mostra a anatomia do cérebro com detalhes microscópicos, o que permite aos acadêmicos ver pequenos detalhes.
Esse modelo do cérebro acaba de ser publicado na revista especializada Science e estará disponível gratuitamente para os neurocientistas, para ajudar na pesquisa.
Para sua criação, a equipe de acadêmicos cortou 7.400 seções no cérebro de uma mulher de 65 anos.
Cada uma dessas camadas tinha metade da espessura de um cabelo.
Em seguida, eles pintaram cada seção para destacar todos os detalhes anatômicos e criaram scanners de alta definição para passar as informações para um computador.
A etapa final foi recompor digitalmente todas as camadas digitalizadas.
No total, 80.000 milhões de neurônios foram capturados em um processo completo que levou 10 anos.
"Como o Google Earth"
O resultado é um cérebro digital 3D e de alta definição, no qual os pesquisadores podem mergulhar para estudar áreas de interesse com um detalhe microscópico.
Um dos pesquisadores envolvidos no estudo, o professor Katrin Amunts, do Centro de Pesquisa Julich, na Alemanha, disse que era "como usar o Google Earth. Você pode ver detalhes que não eram visíveis até a chegada dessa reconstrução em 3D".
Outro membro da equipe, o professor Alan Evans, da Universidade McGill, no Canadá, descreveu o resultado obtido como um "feito técnico".
Entre os neurocientistas que usarão o Grande Cérebro está o professor Paul Fletcher, psiquiatra da Universidade de Cambridge, que está examinando com o cérebro o cérebro dos pacientes para aprofundar o conhecimento sobre distúrbios nutricionais.
Segundo ele, essa ferramenta 3D vai "um passo além" dos melhores scanners que ele consegue alcançar hoje.
"Poderemos estudar as respostas que vemos nos pacientes e colocá-las em um mapa, como um tipo de atlas, que se aproxima das camadas individuais do córtex cerebral, das mesmas células", afirmou.
Preocupação com transtornos mentais
O Grande Cérebro é a parte mais recente de uma série de grandes iniciativas no campo da neurociência que foram recentemente.
Recentemente, um grupo de pesquisadores americanos iniciou o Projeto Human Connectome, avaliado em cerca de US $ 37 milhões, que tentará mostrar scanners incrivelmente detalhados das interconexões entre áreas importantes do cérebro.
E há algumas semanas o presidente dos EUA Barack Obama anunciou uma iniciativa de cerca de US $ 100 milhões para fazer um mapa do cérebro humano que ajuda a encontrar curas para doenças como a doença de Alzheimer.
Por seu lado, a União Européia propôs um programa de US $ 1, 5 bilhão que, na prática, tentaria criar um cérebro do nada, usando a tecnologia da computação.
Entre os grandes promotores de pesquisas sobre o cérebro está a instituição britânica Wellcome Trust, que investe anualmente US $ 124 milhões nesse campo.
Segundo o diretor de neurociência e saúde mental, Dr. John Williams, o motor por trás do grande aumento no financiamento para esse tipo de pesquisa é a preocupação com o envelhecimento da população nos países industrializados.
"Distúrbios do cérebro e da mente, como demência, esquizofrenia ou depressão, são um grande fardo para a sociedade".
"Para um provedor de fundos como o Wellcome Trust, o desafio é como aumentar o conhecimento para desenvolver medicamentos e terapias que podem ajudar os pacientes e suas famílias", disse ele à BBC.
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