
O cérebro, embora represente apenas 2% do peso do corpo, usa 20% do oxigênio total sem fazer reservas. Ele só pode ser privado de oxigênio por alguns minutos, mas se não for rapidamente oxigenado, sequelas graves e irreversíveis podem aparecer, por exemplo, como perda de linguagem, paralisia ou até morte. Após um acidente cerebral, como um ferimento na cabeça ou um derrame, derrame, a urgência é restaurar a oxigenação no cérebro o mais rápido possível. Nessa situação, quanto mais rápido os médicos intervirem, os pacientes terão mais chances de se recuperar.
Uma equipe de físicos, biólogos e médicos, neurologistas, anestesistas e reanimadores, do Instituto de Neurociências Grenoble (GIN, Inserm / Universidade de Grenoble Alpes / Centro Hospitalar Universitário de Grenoble) desenvolveu uma nova abordagem para medir a oxigenação cerebral graças a Ressonância magnética cujos resultados foram publicados em julho de 2014 no "Journal of Cerebral Blood Flow and Metabolism".
Técnica
Essa técnica não invasiva permite observar com precisão as áreas menos oxigenadas do cérebro e pode ser um complemento durante uma intervenção cirúrgica, reduzindo riscos e permitindo maior precisão.Conheça rapidamente as áreas afetadas do cérebro
Durante uma emergência neurológica, o controle da oxigenação cerebral é essencial. De fato, é essencial reparar imediatamente as áreas do cérebro mais afetadas pela falta de oxigênio.Atual técnica invasiva, cara e imprecisa
Técnicas atuais, como a medição de oxigênio radioativo em imagens funcionais, precisam realizar uma intervenção neurocirúrgica complicada que envolve a colocação de uma sonda no cérebro, permitindo estimar e mapear a oxigenação do cérebro. Esse gesto tem a desvantagem de fornecer apenas uma medida muito localizada da oxigenação cerebral. Essa técnica é cara e mede apenas o consumo total de oxigênio pelo cérebro que é constante, variando de uma região do cérebro para outra.Nova técnica
A nova técnica de ressonância magnética, desenvolvida pela equipe do Instituto de Neurociência Grenoble, caracteriza a saturação de oxigênio nos tecidos cerebrais, definida pela quantidade de oxigênio presente na microvascularização tecidual. Uma diminuição significativa no nível de oxigenação cerebral foi visualizada em um animal que apresenta um acidente vascular cerebral isquêmico e após uma lesão na cabeça.O mapeamento da oxigenação cerebral possibilitou tornar visível uma heterogeneidade regional da quantidade de oxigênio presente na microvascularização dos tecidos nas 2 situações, na CVC e no trauma craniano.
Vantagens
Essa técnica pode ser praticada no homem, é menos dispendiosa, não precisa de injeção de um marcador radioativo e fornece maior precisão na oxigenação de um território mais preciso da área cerebral afetada.Indicações
Pode ser usado em vários tipos de lesões cerebrais.Lesão na cabeça
Em pessoas que sofreram ferimentos na cabeça, a técnica permitirá reparar ou contribuir para áreas cerebrais menos oxigenadas e iniciar um tratamento mais adaptado.AVC
Em pessoas afetadas por um AVC, a técnica identificará melhor a área do tecido cerebral isquêmico que pode ser recuperado após o tratamento.Tumores cerebrais
Em pessoas afetadas por certos tumores malignos do cérebro, que possuem áreas pouco oxigenadas e resistem à quimioterapia ou radioterapia e protegem as células-tronco tumorais que causam recorrência, a técnica permitiria melhor adaptação e personalização dos tratamentos.choucashoot - Fotolia.com